Caminhos da razão – por Rosana Serena
Do ponto de vista filosófico, a doutrina idealista do sujeito pensante começa com Descartes e vai encontrar seu coroamento em Hegel. Tinha tal doutrina à pretensão de controlar o saber científico e de situar os diversos conhecimentos, bem como estabelecer seus limites. Apegada as certezas absolutas e verdades totais e acabadas revelou-se como um fechamento e um impedimento a o desenvolvimento do saber científico, voltado à verdade. Do ponto de vista filosófico Marx, Nietzsche e Freud são considerados como os iconoclastas da consciência no sentido de fazerem com suas teorias a crítica a filosofia idealista do sujeito pensante, questionamentos que permitem ao homem moderno ter reconhecimento da consciência como fonte de ilusão e engano. Augusto Comte,...
O sujeito pensante – por Hilton Japiassú
O sujeito pensante não é aquele que poderíamos acreditar, vale dizer, não é aquele no que acreditava a filosofia clássica da Consciência, O homem que reflete, que estuda, ultrapassa seus conhecimentos. O sujeito, aquele que é autor do conhecimento percebe que, como sujeito consciente, ele está deposto. O que se quer dizer é que não se nega que a consciência seja capaz de validar o ato do pensamento. O que não consegue fazer é validar o ser do sujeito. A constatação pós hequeliana (Marx -Nietzsche -Freud) é uma comprovação da dissociação estabelecida entre a validade do “penso” e a certeza do “existo”. A respeito disso, Foucault escreve: “o discurso que no século xvii ligou um ao outro, o “penso” e o “existo” daquele que o...
Disjunções no Discurso – por Rosana Serena
Com Freud e Lacan podemos dizer que o “bem estar” do sujeito nem sempre está onde está seu desejo. Que este, o desejo, se apresenta para o sujeito como um estranho, em nome do qual o sujeito age, mesmo que nada saiba sobre isso. E, é nesse sentido que a psicanálise é subversiva porque ela não busca o bem comum.O único bem que interessa à psicanálise é que o sujeito tenha acesso a sua verdade inconsciente. Em uma análise, há somente um interlocutor, o sujeito do inconsciente. Não é possível estabelecer regras de leitura e interpretação do inconsciente para se dominar o discurso. O inconsciente é construído na história própria de cada um, portando signos e representações que são particulares a cada um. Se o sujeito quiser saber da sua...